top of page
Buscar

Cientistas observam Placas Tectônicas se despedaçando no oceano!

Em um evento geológico inédito, cientistas documentam o espetacular despedaçamento de placas tectônicas sob as profundezas do oceano Pacífico. Esta observação inovadora desvenda, pela primeira vez, o complexo mecanismo pelo qual o 'motor' geológico da Terra encerra seu ciclo de vida.


Cientistas observam placa tectônica se despedaçando no oceano - (crédito: AI/ScienceDaily.com)
Cientistas observam placa tectônica se despedaçando no oceano - (crédito: AI/ScienceDaily.com)

A crosta terrestre é um mosaico dinâmico, composto pelas chamadas placas tectônicas — enormes e rígidos blocos de rocha que flutuam e interagem sobre o manto semi-líquido. O movimento contínuo dessas placas é o "motor" geológico do nosso planeta, responsável pela formação de cadeias de montanhas, pela ocorrência de terremotos devastadores e pela intensa atividade vulcânica. Contudo, pela primeira vez na história da geologia, cientistas registraram o processo inverso: o fim lento e gradual de uma dessas placas. Este achado pioneiro oferece uma visão inédita sobre como o ciclo tectônico da Terra chega ao seu término.


A descoberta monumental, publicada na prestigiada revista Science Advances e liderada por pesquisadores da Universidade Estadual da Louisiana (LSU), nos Estados Unidos, ocorreu na remota região de Cascadia. Localizada na costa do Pacífico Noroeste, próximo à Ilha de Vancouver, no Canadá, esta área é uma zona de subducção, um dos locais mais importantes da geodinâmica global. Nela, a Placa Juan de Fuca (e sua vizinha, a Placa Explorer) mergulha sob a imensa Placa Norte-Americana.


As zonas de subducção são cruciais para a Terra, pois promovem a reciclagem da crosta terrestre e são as geradoras da maioria dos sismos mais potentes. Para "enxergar" o que estava acontecendo a quilômetros de profundidade sob o fundo do mar, os cientistas utilizaram a técnica de imagem sísmica de reflexão. Semelhante a um ultrassom médico, este método permitiu criar um retrato de alta resolução do subsolo, revelando que o motor tectônico da região de Cascadia está, literalmente, se partindo em pedaços, um processo que os pesquisadores agora compreendem estar chegando ao fim.


Os Estágios da "Morte" Tectônica


O estudo desmistificou a ideia de que o colapso de uma zona de subducção seria um evento abrupto e catastrófico. Na verdade, é um processo de "morte lenta" que se desenrola ao longo de milhões de anos. O geólogo Brandon Shuck, autor principal do estudo, comparou o fenômeno a "assistir a um trem descarrilar, mas em câmera muito, muito lenta". O processo de fragmentação ocorre em diversas etapas:

  1. Fragmentação Gradual: A subducção não cessa de uma vez; ela se fragmenta progressivamente, um processo que a equipe chamou de "descarrilamento tectônico" por partes.

  2. Nascimento de Microplacas: À medida que a placa se rompe, pedaços menores se destacam da placa principal, transformando-se em "microplacas" que passam a ter movimentos independentes.

  3. Falhas e Perda de Impulso: Foram identificadas falhas profundas, onde a placa já afundou cerca de 5 quilômetros. A cada novo rasgo, a placa perde impulso, enfraquecendo a força que a impulsiona para debaixo da placa superior.

  4. Cessação Sísmica Localizada: Nas áreas que já se desprenderam, a atividade sísmica diminui drasticamente, pois as rochas não estão mais presas sob tensão, embora a região de Cascadia como um todo continue com potencial para gerar terremotos e tsunamis gigantes.


banner produto afiliado amazon


Implicações para a Geologia Global


A capacidade de observar este processo em tempo real—geológico—preenche lacunas importantes no conhecimento da Terra. O lento rasgamento em Cascadia oferece uma explicação concreta para a existência de antigas microplacas "fossilizadas", como as remanescentes da extinta placa Farallon, encontradas na Baixa Califórnia.


Além disso, a quebra da placa pode estar diretamente ligada ao surgimento de vulcões isolados em locais inesperados. Quando a placa oceânica se rompe, ela cria "janelas" na crosta que facilitam a ascensão do magma quente a partir do interior do manto terrestre.


A descoberta é um lembrete poderoso de que o planeta nunca está estático. As placas nascem, vivem e morrem em um ciclo perpétuo de renovação geológica. Como resume Brandon Shuck, "Entender como essas zonas se fragmentam é essencial para prever o futuro da atividade sísmica. Isso nos ajuda a entender onde a Terra ainda está viva, e onde ela está começando a parar.

Fonte: Correio Braziliense



VÍDEOS SUGERIDOS PARA VOCÊ:


CANAL MULTIVERSO

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page