O Imperador de legitimidade duvidosa que legalizou e oficializou o Cristianismo para o mundo!
Constantino era um governante de grande importância histórica e sempre foi uma figura controversa. As flutuações na reputação de Constantino refletem a natureza das fontes antigas de seu reinado. Estas são abundantes e detalhadas, mas foram fortemente influenciadas pela propaganda oficial do período.
Não há muitas histórias de sobreviventes ou biografias que lidaram com a vida de Constantino e do Estado. Os mais próximos subsídios são a obra "Vita Constantini" (A vida de Constantino) de Eusébio de Cesaréria.
É sabido que Constantino foi idealizador do Concílio de Niceia que aconteceu no ano de 325, sendo este o primeiro evento promovido pela Igreja para discutir a fé cristã. O principal objetivo da convocação feita pelo imperador romano Constantino I era a criação de um consenso entre os representantes da instituição acerca da natureza divina de Jesus Cristo.
Mas antes de se tornar o primeiro imperador romano cristão, quem era Constantino? Um homem não menos que controverso, todavia é também verdade que dedicou décadas de serviço à Roma, construindo uma carreira que podemos chamar de bem sucedida.
A história a seguir foi contada por Eusébio de Cesaréia, um estudioso bíblico e historiador cristão que escreveu a primeira biografia de Constantino logo após a morte do imperador. Dizem que ele conhecia pessoalmente a Constantino e teria ouvido a história da boca do próprio imperador.
No começo Constantino era o que podemos chamar de pagão, um devoto do deus Sol Invictus. Todavia algo aconteceu no verão do ano de 312, durante a batalha da Ponte Mílvia, o último confronto entre Constantino e Maxêncio em Roma. Constantino sairia vitorioso e Maxêncio afogado nas águas do Tibre.
Diz-se que antes dessa derradeira batalha, Constantino e seu exército viram uma cruz de luz no céu acima do sol com palavras em grego (Constantino falava grego) "In hoc signo vinces" que traduzido para o latim significa algo como que "com este sinal vencerás". Naquela noite, Constantino teria tido um sonho em que Cristo lhe dissera que deveria usar o sinal da cruz contra seus inimigos.
Ele ficou tão impressionado que mandou marcar o símbolo cristão nos escudos de seus soldados e, quando saiu vitorioso da batalha, ele atribuiu a vitória ao deus dos cristãos.
Constantino derrotou Maxêncio e também Licínio, triunfou sobre os francos, alamanos, visigodos e sármatas. A sucessão de vitórias de Constantino em batalhas fizeram dele "Augusto" de todo o Império Romano, todas vitórias dedicadas a Deus e sua conversão ao cristianismo viria a ser um dos eventos mais impactantes que mudaria todo o curso da história!
Em 325 Constantino convoca uma Assembleia para a criação de um consenso entre os representantes da instituição acerca da natureza divina de Jesus Cristo, reafirmação dos dogmas, escolha dos livros que viriam a compor o cânone, a escolha dos rituais de liturgia e, vamos dizer assim, toda a estruturação formal da doutrina. O conceito da Santíssima Trindade foi proposto e o aniversário do Deus Sol Invictus, em 25 de dezembro, tornou-se então a data do aniversário de Jesus Cristo.
O relato conta que o Imperador se esforçou para resolver as divergências teológicas entre os cristãos e participou pessoal e ativamente do Concílio de Nicéia. Ele também construiu igrejas magníficas, incluindo Santa Sophia em sua capital, Bizâncio, renomeada Constantinopla (atual Istambul na Turquia).
Em 315 dC, o Senado Romano dedicou um arco triunfal em Roma a Constantino, com uma inscrição louvando-o pois 'por instigação divina' ele e seu exército haviam conquistado muitas vitórias.
Quando ele morreu em 337 dC, o cristianismo estava a caminho de se tornar a religião oficial do Império Romano. A rica nobreza romana que se converteu à fé de Jesus veio a configurar a primeira rede organizada de caridade e amparo social de que se tem registro. Há boatos de que Constantino se considerava o 13º apóstolo de Jesus Cristo.
Anos depois, a cruz de Cristo seria usada como símbolo da Ordem dos Cavaleiros Templários!
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