Na Romênia é possível observar as trovants, rochas estranhas e misteriosas que crescem, se movem e até parecem respirar, atraindo a atenção da comunidade científica e dos turistas.
Há uma frase que diz: “Na natureza, a realidade, muitas vezes, ultrapassa a ficção”.
Um exemplo disso pode ser encontrado num canto remoto do sul da Romênia, um país da Europa Oriental. Numa pequena aldeia chamada de Costeti (ou Costeşti), é possível presenciar um dos fenômenos geológicos mais intrigantes do mundo: os “trovants”, cuja tradução significa "pedras em crescimento".
Acredite ou não, estas pedras não são visualmente muito diferentes de outras rochas que você pode ver no seu dia a dia. A particularidade destas formações rochosas reside no fato de os habitantes locais afirmarem que elas crescem e mudam de forma, o que continuam a ser um mistério para os cientistas, dando origem a hipóteses sobrenaturais ou paranormais.
Como dito, à primeira vista, parecem pedras comuns, mas na realidade as “Trovantes” romenas são uma espécie de pedras vivas. Segundo especialistas, sua origem remonta a 7 milhões de anos atrás, quando eram simples seixos.
No início, eram pequenas formações, mas com o passar do tempo cresceram e se tornaram estruturas que, em alguns casos, chegam a ter 10m de altura.
Origem e composição dos trovants
Os “trovants” são formações geológicas notáveis devido à sua composição e aparência distintas. Compostas principalmente de arenito, essas rochas apresentam camadas externas de areia que as tornam mais resistentes à erosão em comparação com outras rochas ao redor.
As rochas vivas têm sua origem em um delta pré-histórico há cerca de sete milhões de anos, na área que agora é a Romênia. Nesse ambiente, substâncias minerais se dissolveram em soluções, agindo como cimento natural para unir partículas sedimentares.
O que torna as pedras vivas verdadeiramente notáveis é sua capacidade de crescimento, que ocorre a uma taxa extremamente lenta. Estima-se que essas rochas "cresçam" menos de 5 centímetros em 1.200 anos. Portanto, é um fenômeno que desafia a paciência humana.
Outra particularidade destas pedras é o fato de também se "mexerem". Segundo os especialistas que estudaram a zona de Costeti, deslocam-se em média 2,5 milímetros de duas em duas semanas, fazendo lembrar as pedras navegantes do Death Valley.
A partir dos vestígios deixados pelas “trovants” no seu percurso ao longo dos séculos, descobriu-se que este movimento se deve ao fato de o crescimento à superfície se processar de forma irregular, deslocado pela força gravitacional.
Como se isso não bastasse, descobriu-se que as “trovants” têm uma espécie de pulso e até foram capazes de detectar o tempo que decorre entre as "respirações". Estima-se que passem até três semanas entre cada respiração, e esta pulsação só pode ser detectada com equipamento altamente sensível.
Devido ao seu incrível valor, foram declaradas Patrimônio Mundial da Unesco e são protegidas pelo MUSEU TROVANT, o que faz delas a principal atração turística do Condado de Valcea. Esses exemplos impressionantes podem ser vistos na aldeia de Costesti, ao londo do Riacho Gresarea, próximo a aldeia de Otesani, e também podem ser vistas em alguns lugares na Rússia, nas estepes do Casaquistão e na República Tcheca.
Esse fenômeno das rochas vivas são realmente incríveis. Que segredo você acha que essas rochas misteriosas escondem?
Veja essa curiosidade:
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