O Vazio da Alma: Existencialismo e a Crise do Homem Moderno
- multiversobycassi

- 26 de set.
- 2 min de leitura
Em um mundo onde a vida parece cada vez mais veloz e as conexões mais superficiais, a sensação de angústia e a busca por um propósito se tornam temas centrais.

É nesse cenário que o existencialismo, uma filosofia nascida da incerteza e do caos do século XX, ressurge com uma relevância impressionante para o "homem moderno". Pensadores como Jean-Paul Sartre e Albert Camus não oferecem respostas prontas, mas nos dão a coragem de fazer as perguntas certas e de enfrentar a nossa própria liberdade.
A essência do existencialismo pode ser resumida na frase de Sartre: "a existência precede a essência". Isso significa que não nascemos com um propósito pré-determinado. Primeiro, nós existimos, e depois, através das nossas escolhas, criamos a nossa própria essência, o nosso sentido. Essa ideia é libertadora, mas também aterrorizante. É a raiz da angústia existencial: a responsabilidade total por quem nos tornamos. O homem moderno, muitas vezes perdido entre expectativas sociais e a pressão por sucesso, se depara com a imensidão dessa liberdade e, por vezes, se sente esmagado por ela.
O Absurdo e a Revolta Contra o Nada
Albert Camus, por sua vez, introduziu o conceito do absurdo. Ele via o absurdo no conflito entre a nossa busca humana por sentido e o silêncio indiferente do universo. A vida, para ele, não tem um propósito inerente. No entanto, Camus não propõe a resignação. Pelo contrário, ele nos encoraja à revolta: a aceitar o absurdo da vida e, mesmo assim, vivê-la com paixão, criando o nosso próprio significado. É o eterno mito de Sísifo, que, condenado a empurrar uma rocha para o alto de uma montanha para sempre, encontra a felicidade em sua tarefa, pois a torna sua.
A "crise do homem moderno" é, em grande parte, uma crise de sentido. Questionamos nossas carreiras, nossos relacionamentos e nossos valores. O existencialismo nos convida a enfrentar essa crise de frente. Ele nos diz que não há um mapa, mas há uma bússola: a nossa própria consciência. É através da nossa liberdade individual, das nossas escolhas e da nossa capacidade de criar significado que podemos preencher o vazio e construir uma vida que seja verdadeiramente nossa. O existencialismo não é uma filosofia de desespero, mas sim um grito de esperança e autonomia.
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